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Em meio à falta de médicos nas UPAS, Secretaria de Saúde demite três profissionais. Tempo de Espera nas UPAS ultrapassa 10 horas.

  • 19 de jan.
  • 3 min de leitura

A Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto "colocou a disposição do HB" (terceirizada responsável pela contratação dos médicos para a rede pública do município) três médicas que trabalhavam na Urgência e Emergência. Duas delas estariam relacionadas a um áudio vazado de um grupo de WhatsApp onde as mesmas expressaram descontentamento com as situações do serviço. A terceira se trata de uma das horizontais do serviço, demitida sem causa aparente até o presente momento. As três médicas foram chamadas pelo Departamento Pessoal da FUNFARME na manhã da última quinta-feira (16) para o desligamento. Dentre as duas médicas dos áudios vazados, uma se encontrava afastada devido um atestado médico, no momento da demissão, e a outra se trata de uma médica gestante. Devido a gestação, a FUNFARME suspendeu a demissão da segunda profissional, mas seu crachá segue retido até o presente momento. Mesmo que não seja demitida, a médica não retornará para o serviço das Upas, sendo provavelmente mantida no Hospital de Base. Isso significa que, de qualquer modo, neste momento as UPAS contam com três médicas à menos para atender a população, em meio à situação de emergência de dengue decretada no município.


TEMPO DE ESPERA DE MAIS DE 10 HORAS

Nos últimos 15 dias, quem precisou utilizar o serviço de atendimento nas Upas por um caso de baixa gravidade, correu o risco de permanecer na unidade por mais de 10 horas. Somando o tempo de espera da triagem de cerca de 1 hora e 30 minutos, o tempo de espera pelo atendimento médico de cerca de 7 horas, mais a fila da medicação, que alcançou 4 horas em determinados momentos, estamos falando de cerca de 12 horas que o paciente permaneceu dentro do serviço!


Paciente registra descontentamento com tempo de espera na Upa Norte na noite de sábado (19).

Até o presente momento, a atitude tomada pela gestão para solucionar as longas filas de espera foi uma investigação, amplamente divulgada antes mesmo da notificação dos envolvidos ou de qualquer direito de defesa, de que os atrasos poderiam estar relacionados à supostos "médicos fantasmas". A gestão mantém a investigação em sigilo, mas afirmam que tais médicos seriam profissionais que não possuem registro de produtividade (pacientes atendidos) no prontuário da Empro no período em que bateram o ponto. Mesmo se tratando de uma investigação sigilosa, o prefeito e o secretário de saúde anunciaram aos jornais locais o nome da Dra. Merabe Muniz, que possuia função de Diretora Técnica e Coordenadora Clínica, um dia após a mesma publicar um vídeo em suas redes sociais criticando a gestão, a qual ela chamou de ineficiente. Após este video, a mesma foi desligada de seus cargos administrativos.

Ao que tudo indica, os demais nomes envolvidos na investigação se tratariam dos Diretores Técnicos do serviço, assim como os Horizontais. Caberá a essa nova gestão compreender, através desta sindicância, a função administrativa destes cargos, os quais naturalmente não possuem produção de atendimento no sistema da Empro, devido ao tipo de função que exercem, que não inclui o atendimento "em porta".


MEDIDAS DO SINDICATO

Diante da defasagem contratual, da falta de leitos hospitalares e do número absurdo de horas trabalhadas, alcançando até 400 horas/mês, o Sindicato dos Médicos de São José do Rio Preto e Região apresentou denúncias à 8 (oito) orgãos competentes na última semana. Em breve traremos mais notícias, trazendo o desenrolar da situação.

O Sindicato dos Médicos de São José do Rio Preto seguirá acompanhando e fiscalizando toda a situação, defendendo a classe médica e, consequentemente, a saúde pública de Rio Preto.

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